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Não há som sem pausa

José Miguel Wisnik é compositor, ensaísta e professor, brasileiro, que atua de modo interdisciplinar entre música, literatura e cultura

No seu livro : O som e o sentido , Wisnick conta mais sobre esta relação imbricada entre silêncio e música e explica as diferentes formas do cultivo do tempo das pausas, nos diversos contextos culturais.

“O silêncio é o que faz o som ter sentido. É o intervalo que o faz aparecer.”

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Fruir o fluir

Fruição é uma palavra de múltiplos significados, ela pode remeter ao saborear de uma sobremesa deliciosa, a capacidade de apreciar uma obra de arte, ao respirar profundamente mergulhando numa paisagem que conforta.

Em todos estes exemplos encontramos uma particularidade do tempo : a duração.

Para fruir não basta o instante é preciso que o tempo ganha uma plasticidade que permita a presença.

A duração é um fluxo contínuo, indivisível e imprevisível.,um mergulho no tempo

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Escutando gestos cotidianos

Gestos, expressões faciais, postura e tom de voz ativam em nós respostas automáticas que criam conexão antes mesmo das palavras. Uma boa escuta inicia por uma empatia cognitiva, ou seja o entendimento do horizonte de conhecimentos e afetividade do outro.

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Pensamento divergente

Pensamento divergente → busca múltiplas respostas possíveis, conecta ideias de maneiras inesperadas, envolve imaginação, associação livre e abertura para o inusitado.

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間 Motoi Yamamoto e seu jardim de sal

Yamamoto começou a usar sal depois da perda da irmã, já que o sal, no Japão, é associado a ritos de purificação e à passagem entre vida e morte.

Suas obras não são apenas desenhos no chão: são territórios de suspensão do tempo, onde o espectador caminha em silêncio, convidado a perceber o espaço entre si mesmo e a obra. Esse intervalo é Ma.

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Silêncio e Arquitetura

A Casa do Silêncio é um espaço de retiro projetado para promover introspecção, recolhimento e contato profundo com a experiência sensorial da arquitetura.

Pallasmaa entende o silêncio não apenas como ausência de som, mas como uma qualidade existencial, capaz de intensificar a percepção do tempo, do espaço e de si mesmo.

Nesse sentido, a casa funciona como um instrumento de percepção: sua arquitetura guia os sentidos para além da visão, convocando tato, audição, olfato e até mesmo a consciência da respiração.

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Mudanças mudas

“Nada acontece de repente: até o relâmpago foi preparado por um longo silêncio de nuvens.”

Fernando Pessoa

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Silêncio neural

O silêncio, tanto externo quanto interno, é um componente essencial da meditação, permitindo que a mente se acalme e se concentre, facilitando a experiência meditativa. 

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Anamnese criativa

Anamnese é um termo de origem grega (ἀνάμνησις, anámnēsis) que significa recordação ou rememoração. Conhecer é lembrar; ao longo da nossa vida realizamos vários processos inventivos e muitas vezes esquecemos deste potencial acervo.

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O desvestir do silêncio

Muito se fala sobre a escuta ativa, um ouvir atento e genuíno , disposto a compreensão das emoções e gestos envolvidos num discurso.

Neste artigo pergunto se estamos prontos para esta escuta, se simplesmente sabemos calar e assim abrir espaço interno para o escutar.

Uma provocação poética e amorosa

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Poluição sonora

“Um dia, a humanidade terá de lutar contra a poluição sonora com a mesma determinação que luta contra a peste ou o cólera”.

Esta frase dita em 1910 por Robert Koch, o cientista que descobriu o bacilo da tuberculose, não poderia ser mais atual hoje.

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John Cage :silêncio não é ausência de som

O nada que continuar é aquilo de que Feldman fala quando ele fala de estar submerso no silêncio. A aceitação da morte é a fonte de toda a vida. Assim é que ouvindo essa música a gente toma como um trampolim o primeiro som que aparece; o primeiro algo nos lança dentro do nada e desse nada surge o algo seguinte; etc. como um corrente alternada. Nenhum som teme o silêncio que o extingue. E nenhum silêncio existe que não esteja grávido de sons

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Sebastião Salgado: o silêncio me salvou

Quando Sebastião Salgado diz que o silêncio o salvou, ele está se referindo a uma experiência de ruptura, de colapso emocional e físico, provocada pelos horrores que testemunhou ao longo de décadas como fotógrafo de conflitos, desastres humanitários e migrações forçadas.

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Marina Abramović : a gravidade de um minuto de silêncio

“O artista deve compreender o silêncio.

O artista deve criar um espaço para que o silêncio adentre sua obra.

O silêncio é como uma ilha no meio do oceano turbulento. 

O silêncio é como uma parede invisível que te força a entrar dentro de si.”

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Violeta Parra : reexistências bordadas

Nos últimos anos de sua vida, Violeta Parra enfrentou um período de profunda solidão e sofrimento emocional. Durante esse tempo, a música, que sempre fora sua principal forma de expressão, passou a dividir espaço com o trabalho manual. 

A arpilleria se tornou uma forma de comunicação sem som, um fazer silencioso que traduzia sua dor, sua cosmopercepção do mundo.

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