Livros silentes
“As palavras muitas vezes dizem demais. As imagens sabem esperar.”
Este comentário é de Suzy Lee, uma artista visual, escritora e designer da Coréia do Sul que produz livros silentes, ou seja livros que contam histórias por meio das imagens.
Ler imagens é um modo de entender o mundo, os livros silentes são microcosmos poéticos onde o tempo, o ritmo da leitura , os gestos e a própria composição de cada página se torna um silêncio compartilhado.
Desde o ano 200o, Suzy Lee se transformou numa referência internacional no modo como transforma o livro físico, com suas dobras, bordas e movimentação no processo de leitura em uma aventura afetiva e instigante.
A trilogia do limite diz respeito a três obras realizadas por Suzy Lee : Mirror (2003), Wave (2008) e Shadow (2010)
A “trilogia” não foi planejada desde o início como tal; ela se formou retrospectivamente, quando Suzy Lee percebeu que as três obras tratavam, de modos distintos, do mesmo tema estrutural: o encontro entre o real e o imaginário, visível no uso expressivo da dobra central do livro.
Esse vinco, o “silêncio” entre as páginas, torna-se o centro dramático da narrativa.
““O livro é um espaço entre mundos. O vinco central, onde as páginas se encontram, é uma fronteira — mas também uma ponte.””
O livro sem palavras pode ser uma forma incrível de escuta do outro, pois podemos provocar e entender o que a pessoa percebe na narrativa, como se identifica . Esta suspensão verbal pode também desacelerar o processo dando margem para as emoções.
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